Por Dra Mauricea Assis
Sim, eles envelhecem! E não é só o corpo que dá sinais da passagem do tempo – a boca também conta a história. Os sinais de envelhecimento bucal são fáceis de perceber: dentes mais desgastados, trincas no esmalte, aquele tom mais escuro, raízes à mostra (o famoso “recuo da gengiva”) e até perda óssea. Tudo isso é comum em bocas de pessoas com mais de 60 anos.
Mas o que tem chamado a atenção é que cada vez mais jovens estão apresentando esses problemas. Esse fenômeno tem nome: Síndrome do Envelhecimento Precoce Bucal.
Mas por que isso está acontecendo?
Tem a ver com os hábitos! Antigamente se dizia: “Diga-me com quem andas e te direi quem és”. Hoje podemos dizer: “Diga-me teus hábitos e direi como está tua boca”.
Antigamente, a principal queixa nos consultórios era dor de dente causada por cáries. Afinal, o consumo de açúcar era alto e a higiene bucal, nem tanto. Hoje, com mais informação, escovas, cremes dentais e um monte de opções saudáveis na alimentação, as cáries perderam terreno. Mas surgiram outras vilãs: as doenças não cariosas.
Essas doenças são as que causam sensibilidade (aquele incômodo chato com alimentos gelados ou mudanças de temperatura) e dores de cabeça – e o frio pode ser um gatilho!
E os culpados? Estão por aí: ansiedade, refluxo gastroesofágico, excesso de alimentos ácidos, noites mal dormidas… tudo isso contribui para o desgaste precoce dos dentes.
Por exemplo: a ansiedade provoca o famoso bruxismo (ranger ou apertar os dentes sem perceber), além de hábitos como roer unhas.
Resultado: dentes desgastados e sem o “afiado” característico, perdendo aquele corte natural e charme do sorriso. Esse desgaste também sobrecarrega a articulação da mandíbula e pode causar dores de cabeça (a chamada cefaleia tensional).
Já o excesso de ácido na boca – seja pelo consumo de bebidas ácidas (energéticos, refrigerantes, café) ou pelo hábito “fitness” de tomar água com limão em jejum – reduz o pH e ataca o esmalte dental. O refluxo também faz sua parte, trazendo ácidos do estômago para a boca. Resultado: dentes mais frágeis e vulneráveis.
O que os dentistas podem fazer?
Aqui entra a mágica da Odontologia Humanizada: olhar não só para os dentes, mas para a pessoa por trás deles. Uma avaliação detalhada e personalizada é fundamental – desde perceber se os caninos perderam as pontas até investigar hábitos e estilo de vida.
A ideia é sermos “gentistas”, cuidando não só dos dentes, mas de gente. Entender a rotina, os hábitos e as necessidades de cada paciente permite criar tratamentos mais eficazes e duradouros, com materiais e abordagens sob medida.
Então, da próxima vez que for ao dentista, lembre-se: seus dentes contam a sua história. E cabe a nós cuidar bem dela.
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Agende uma avaliação gratuita com a Dra Mauricea Assis, nossa especialista em Implantodontia e Dentística e descubra se você tem a Síndrome do Envelhecimento Precoce Bucal.